segunda-feira, 22 de agosto de 2016

Poema de sete faces


Quando nasci, um anjo torto
desses que vivem na sombra
disse: Vai, Carlos! ser gauche na vida.
 
As casas espiam os homens
que correm atrás de mulheres.
A tarde talvez fosse azul,
não houvesse tantos desejos.
 
O bonde passa cheio de pernas:
pernas brancas pretas amarelas.
Para que tanta perna, meu Deus, pergunta meu coração.
Porém meus olhos
não perguntam nada.
 
O homem atrás do bigode
é sério, simples e forte.
Quase não conversa.
Tem poucos, raros amigos
o homem atrás dos óculos e do -bigode,
 
Meu Deus, por que me abandonaste
se sabias que eu não era Deus
se sabias que eu era fraco
 


Mundo mundo vasto mundo,
se eu me chamasse Raimundo
seria uma rima, não seria uma solução.
Mundo mundo vasto mundo,
mais vasto é meu coração.

 
Eu não devia te dizer
mas essa lua
mas esse c
botam a gente comovido como o diabo
conhaque
 
 
 
 De Alguma poesia (1930)
 

sexta-feira, 5 de agosto de 2016





 


Biografia, obras e estilo literário de Carlos Drummond de Andrade
 Este consagrado poeta brasileiro nasceu em Itabira, Minas Gerais no ano de 1902. Tornou-se, pelo conjunto de sua obra, um dos principais representantes da literatura brasileira do século XX. Concretizou seus estudos em Belo Horizonte, e, neste mesmo local, deu início a sua carreira de redator, na imprensa. Também trabalhou por vários anos como funcionário público. Seus poemas abordam assuntos do dia a dia, e contam com uma boa dose de pessimismo e ironia diante da vida. Em suas obras, há ainda uma permanente ligação com o meio e obras politizadas. Além das poesias, escreveu diversas crônicas e contos. Os principais temas retratados nas poesias de Drummond são: conflito social, a família e os amigos, a existência humana, a visão sarcástica do mundo e das pessoas e as lembranças da terra natal. Dentre suas obras poéticas mais importantes destacam-se: Brejo das Almas, Sentimento do Mundo, José, Lição de Coisas, Viola de Bolso, Claro Enigma, Fazendeiro do Ar, A Vida Passada a Limpo e Novos Poemas, Talentoso também na prosa, tem suas prosas reunidas nos seguintes volumes: Confissões de Minas, Contos de Aprendiz, Passeios na Ilha e Fala Amendoeira. Na década de 1980 lançou as seguintes obras: A Paixão Medida, que contém 28 poemas inéditos; Caso do Vestido (1983); Corpo (1984); Amar se aprende amando (1985) e Poesia Errante (1988). Faleceu em 17 de agosto de 1987, no Rio de Janeiro, doze dias após a morte de sua filha única.

quarta-feira, 3 de agosto de 2016


No Meio do Caminho

Carlos Drummond de Andrade


No meio do caminho tinha uma pedra
Tinha uma pedra no meio do caminho
Tinha uma pedra
No meio do caminho tinha uma pedra.
Nunca me esquecerei desse acontecimento
Na vida de minhas retinas tão fatigadas.
Nunca me esquecerei que no meio do caminho
Tinha uma pedra
Tinha uma pedra no meio do caminho
No meio do caminho tinha uma pedra.

Composição: Carlos Drummond de Andrade
 https://www.letras.mus.br/carlos-drummond-de-andrade/807509/

quarta-feira, 8 de junho de 2016


                 Amor Sincero
Dizem que recordar é viver então devo lhe dizer meu amor que nessa fase em que me encontro agora, estou vivendo intensamente não tem coisa melhor do que certeza que tem um homem fantástico ao meu lado. 

Você é vida, você é prazer , passamos tantos momentos maravilhosos juntos que nos instantes em que estou sozinha me perco viajando e lembrando o nosso romance e nossas horas de puro amor. 

"Talvez você seja pego de surpresa com essa mensagem, mas amor é isso é abrir o coração e colocar para fora tudo o que está sentindo, pois, quero lhe mostrar um amor sincero e verdadeiro".


http://www.mensagenscomamor.com/declaracoes-de-amor



De:Sua esposa Yoko Ono
 Para: John Lennon


“Sinto saudades, John. 27 anos se passaram e ainda desejo poder voltar no tempo até aquele verão de 1980. Lembro-me de tudo – dividindo nosso café da manhã, caminhando juntos no parque em um dia bonito, e ver sua mão pegando a minha – que me garantia que não deveria me preocupar com nada, porque nossa vida era boa. Não tinha ideia de que a vida estava a ponto de me ensinar a lição mais dura de todas. Aprendi a intensa dor de perder um ser amado de repente, sem aviso prévio, e sem ter o tempo para um último abraço e a oportunidade de dizer “Te amo” uma última vez. A dor e o choque de perder você tão de repente está comigo a cada momento de cada dia. Quando toquei o lado de John na nossa cama na noite de 08 de dezembro de 1980, percebi que ainda estava quente. Esse momento ficou comigo nos últimos 27 anos – e vai ficar comigo para sempre. Ainda mais difícil foi ver o que foi tirado de nosso lindo filho Sean. Ele vive com uma raiva silenciosa por não ter seu pai, a quem ele tanto amava e com quem compartilhou sua vida. Eu sei que não estamos sozinhos. Nossa dor é compartilhada com muitas outras famílias que sofrem por serem vítimas de violência sem sentido. Esta dor tem de parar. Não percamos as vidas daqueles que perdemos. Juntos, façamos o mundo um lugar de amor e alegria e não um lugar de medo e raiva. Este dia em que se comemora a morte de John, tornou-se cada vez mais importante para muitas pessoas ao redor do mundo como um dia para lembrar a sua mensagem de Paz e Amor e fazer o que cada um de nós podemos fazer para curar este planeta que nos acolhe. Pensem em Paz. Atuem em paz. Compartilhem a Paz. John trabalhou para ele toda a sua vida. Ele costumava dizer: “Sem problemas, somente soluções”. Lembre-se, estamos todos juntos. Podemos fazê-lo, devemos. Eu te amo! Yoko Ono Lennon.”
 http://super.abril.com.br/blogs/historia-sem-fim/5-cartas-de-amor-escritas-por-personagens-historicos/

sexta-feira, 3 de junho de 2016

Video:Semana da Arte Moderna


Manuel Bandeira (1886-1968) foi um poeta brasileiro.Foi também professor de Literatura, crítico literário e crítico de arte. Os temas mais comuns de sua obra são: a paixão pela vida, a morte, o amor e o erotismo, a solidão, o cotidiano e a infância.  

Obras de Manuel Bandeira

É possível encontrar temas bastante diversos nas obras de Bandeira, tais como: família, infância, sociedade, morte, etc.

Poesia

  • A Cinza das Horas (1917)
  • Carnaval (1919)
  • Os Sapos (1922)
  • O Ritmo Dissoluto (1924)
  • Libertinagem (1930)
  • Estrela da Manhã (1936)
  • Lira dos Cinquenta anos (1940)
  • Belo, Belo (1948)
  • Mafuá do Malungo (1948)
  • Opus 10 (1952)
  • Estrela da tarde (1960)
  • Estrela da Vida Inteira (1966)
  • O Bicho (1947)
  • Desencanto (1996
                                                

SEMANA DA ARTE MODERNA